Porque Diletante Compulsivo?

A primeira lembrança que tenho da minha infância é a de estar sentado em um sofá, lendo um livro. Ou pelo menos fingindo que estava lendo... Mas o certo, é que havia um livro.

Os livros sempre foram os meus mais fiéis amigos. E desde cedo fui cultivando uma enorme necessidade de saber. Bastava eu ouvir uma palavra nova, que logo corria para meu livros, dicionários e enciclopédias para descobrir do que se tratava.

Se fosse relacionado com alguma ciência então... Não sossegava enquanto não dominasse o assunto.

Não tinha completado 15 anos e já tinha lido a Enciclopédia Barsa inteira, verbete por verbete...

Mas com o tempo, o simples acumular de informações teóricas começou a se mostrar insuficiente. Sentia que faltava algo... E que tinha que fazer algo para complementar a teoria.

Comecei então a tentar por em prática os conhecimentos que fui acumulando. Claro que tive que escolher algo não muito complexo, mas com resultados visíveis. Escolhi a fotografia.

Consegui uma máquina, que apesar de não ser das melhores, estava longe de ser ruim: uma Zenit, modelo 12XP. Não muito precisa (principalmente em relação as velocidades...), com poucas regulagens, mas com uma ótica de boa qualidade e com a qual fiz fotos até que bem aceitáveis.

Depois de um tempo, troquei a Zenit por uma Practika MTL5-B, bastante superior e com bem mais recursos.

No auge de minha viagem pela fotografia, tive até mesmo a petulância de montar um estúdio fotográfico e trabalhar como fotógrafo profissional.

Ai tive uma revelação dolorosa: transformar uma paixão em profissão, pelo menos no meu caso, não dava muito certo. Sem falar que descobri que sou um péssimo empresário. Em menos de 6 meses, fali...

Decidi então que nunca mais transformaria qualquer hobbie em profissão.

E desde então, venho me dedicando a diversos assuntos, mas sempre por pura paixão, nunca por profissão.